sexta-feira, 30 de junho de 2017

Gravações

Quando o que tanto a tantos priva se qual prece em prévia aprova, já o parece não provar nenhuma prova.
 
Gugu Keller

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Retromentes

Ouvi recentemente sair das bocas de umas três ou quatro dessas tristes figuras públicas que pela mídia circulam a catapultar asneiras não raro fascistas e preconceituosas o de claro cunho homofóbico comentário segundo o qual o sexo anal seria algo reprovável na medida em que "órgão excretor não é órgão reprodutor". Pois bem. Mesmo deixando de lado a deprimente incivilidade nisto contido, fico abismado com a burrice da coisa. Ora! Então o pênis e a vagina, que são inequivocamente parte do aparelho reprodutor humano, "órgãos reprodutores", portanto, em se tomando o espírito da coisa, não são também órgãos excretores??? Mas eu nem devia me espantar... O preconceito normalmente se faz acompanhar da falta de inteligência, bem sabemos... De todo modo, já que o tema é o tabu do sexo anal atrelado ao da homossexualidade, com perdão do leitor por me estender demais, é muito curioso como as pessoas imediata e equivocadamente associam uma coisa à outra, uma vez que, se pararmos para pensar, há muito mais casais heterossexuais do que homossexuais masculinos que praticam sexo anal. Parece estranho? Pois a mim não. Digamos que cerca de 30% ou 40% dos casais heterossexuais o façam ao menos eventualmente, o que nem de longe parece nenhum exagero... Creio que com facilidade esse universo supera numericamente os casais gays do sexo masculino, não? Ou seja, mesmo que não em quantidade de vezes, dá tranquilamente para se dizer que há mais heterossexuais do que homossexuais adeptos da prática! Lindo, não? Aliás, o preconceito é tanto e tão estúpido que seus entusiastas até se esquecem de considerar que, segundo consta ao menos desde que me dou por gente, o sexo anal sempre foi o grande fetiche do homem brasileiro, do tão valorizado macho brasileiro! E então? Será que nessa situação também releva o fato de, para quem assim parece, "órgão excretor não ser órgão reprodutor"? Estranhamente parece que não, não é? Aliás, de novo aliás, e novamente com o perdão pela prolixidade, que tremenda besteira que é alguém, sem considerar as tão complexas questões referentes ao prazer, imaginar que o sexo só pode fazer sentido quando tem por fim a reprodução, não é mesmo? Chega a ser deprimente conceber que alguém possa pensar assim... Ah! E ainda há os não poucos que alegam que "o ânus não foi feito para isso!". Bem... Creio que, por exemplo, os peitos de uma mulher, segundo essa linha de raciocínio, tampouco foram feitos para serem chupados por seu parceiro durante um a relação, não é mesmo? Mas isso todo mundo acha normal!!! Não é novamente estranho? Como é triste que, em tempos tão auspiciosos em termos de avanço do conhecimento humano em todas as áreas, ainda possa haver tantas mentes tão retrógradas...! E - putz! - como elas há! Tenho muita pena, muita pena mesmo, porque não deve ser nada fácil, de quem sofre qualquer tipo de preconceito em virtude de seu comportamento sexual, mas, sem sombra de dúvida, muito, muito mais de quem, sem qualquer senso do ridículo, aos quatro ventos o exala.  

Gugu Keller

quarta-feira, 28 de junho de 2017

terça-feira, 27 de junho de 2017

domingo, 25 de junho de 2017

Desdestino

Não raro me sinto o que poderia ter sido descontado do que não deu certo.

Gugu Keller

sexta-feira, 23 de junho de 2017

quinta-feira, 22 de junho de 2017

quarta-feira, 21 de junho de 2017

terça-feira, 20 de junho de 2017

"Pais da Kiss"

Os tão surreais quanto kafkianos processos a que esses pais de vítimas da Boate Kiss estão respondendo explicam-se pelo fato de que, num país como o nosso, onde a mentira é tão oficialmente institucionalizada, a verdade não costuma ser coisa que se diga impunemente.
 
Gugu Keller

segunda-feira, 19 de junho de 2017

domingo, 18 de junho de 2017

Sugestões Futebolísticas

Nós, que somos um pouquinho mais velhos, bem sabemos o quanto o futebol melhorou com duas mudanças tão simples nas suas regras, que foram não mais estar em impedimento o atacante que se situa na mesma linha do penúltimo defensor e, principalmente, o goleiro não mais poder pegar com a mão uma bola deliberadamente atrasada por seu companheiro, a menos que com a cabeça ou o peito. Pois bem. Na transmissão do jogo do campeonato brasileiro desta tarde, o ex-árbitro que o comentava relatou estar sendo estudada uma nova proposta de alteração em que sempre pensei, que é, como no basquete, travar-se o cronômetro toda vez que o jogo pára, seja com a marcação de uma falta, seja com a bola fora, com a marcação de um gol etc. Cronometrar-se-ia, assim, apenas o tempo em que efetivamente a bola "rola". Teríamos, então, ao invés de dois tempos de 45 minutos corridos, dois de 30 minutos de jogo efetivamente jogado. Tal expediente tão simples acabaria de vez com qualquer tipo de "cera" por parte dos jogadores, expediente tão desagradável para quem assiste, que por óbvio perderia qualquer sentido. Seria um grande avanço, até porque, cá entre nós, todos estamos cansados de saber que os acréscimos que os árbitros dão nos finais de cada tempo estão sempre muito longe de repor o tempo que a equipe em vantagem propositalmente faz com que se perca. E eu, mesmo incrédulo quanto a viver para ver isso acontecer, dada a notória tendência a um conservadorismo a beirar o retrógrado que costuma caracterizar as entidades competentes, acrescentaria uma outra sugestão, também inspirada no basquete, que seria o limite de faltas individuais e coletivas. Assim, sem prejuízo da aplicação dos cartões amarelo e vermelho, cada atleta só poderia cometer, digamos, duas faltas por partida. Na terceira estaria eliminado, só podendo ser substituído se seu time ainda tiver alterações para fazer. Se não tiver, fica com um a menos. E, quanto às faltas coletivas, uma equipe teria o limite de, por exemplo, quinze por jogo, ou sete, talvez oito, em cada tempo, a partir do quê toda falta, em qualquer parte do campo, seria pênalti a favor do adversário. Ficaria ou não muito mais interessante?
 
Gugu Keller

domingo, 11 de junho de 2017

sábado, 10 de junho de 2017

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Américo Pisca-Pisca

Então, antes de se iniciar o tão esperado julgamento, o presidente do tse afirmou com todas as letras que ele seria estritamente jurídico, e não político. Já quando a proferir seu voto de Minerva, reconheceu a gravidade dos fatos mas afirmou que uma eventual condenação da chapa Dilma-Temer não seria "o que se quer", na medida em que levaria o país à instabilidade. Complicado, não?
 
Gugu Keller

segunda-feira, 5 de junho de 2017

domingo, 4 de junho de 2017

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Fugas Fugazes

De que ele não dura tão bem se saber paira pária a tortura sobre o prazer.

Gugu Keller

quinta-feira, 1 de junho de 2017

A Trilha

Conforme ou não pra mim eu minto e me embaralho no que sinto, faz-se o ir atalho ou labirinto.
 
Gugu Keller