terça-feira, 31 de agosto de 2010

Poeta / Musa

Guria...
Ser poeta é tentar desesperadamente chegar cada vez mais perto de dizer aquilo que não há como. E ser a musa, qual tu és para mim, é encarnar em todo gesto a doce razão desse desespero.

Gugu Keller

domingo, 29 de agosto de 2010

Juízo Final

Outro dia, vimos na tv, durante uma tourada na Espanha um touro saltou sobre o público e deixou feridas dezenas de pessoas. Ontem, em Barretos, na final de um concorrido rodeio, o touro não apenas derrubou o peão como deu-lhe uma chifrada na cabeça, levando-o a nocaute imediato. Pois bem... Querem saber a minha opinião? Bem feito! Sim, isso mesmo! Bem feito! E digo mais... Se o peão tivesse morrido ou ficado inválido, igualmente seria bem feito! Se morre o toureiro ou alguém que incentiva esse tipo de coisa, muito bem feito! É! Para mim é o destino perfeito para quem se diverte, ou, pior ainda, ganha dinheiro, torturando e humilhando animais!
Ah! Ainda sobre o episódio de ontem em Barretos, adorei o nome do touro... "Juízo Final"! Sou ateu mas quem sabe haja mesmo um, e esses sádicos haverão então de acertar suas contas... Ai, como adorei...!

Gugu Keller

Mundo / Planeta

Ontem, no Jornal Nacional, um dirigente do Corínthians, referindo-se ao projeto do novo estádio do clube, que será, segundo se diz, o local do jogo de abertura da copa de 2014, disse algo que cri interessantíssimo... Segundo ele, não teria cabimento São Paulo não ser uma das sedes, já que "a copa do mundo é um dos maiores eventos esportivos do mundo, e, talvez, até, um dos maiores do planeta!"

Gugu Keller

sábado, 28 de agosto de 2010

Teen

Observando os adolescentes e, sobretudo, lembrando-me da minha adolescência, concluo... É decerto a última fase da vida em que algo ainda faz algum sentido.

Gugu Keller

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Want

Quero tudo e todos, e, ao mesmo tempo, nada nem ninguém.

Gugu Keller

Varal

Caminhava eu perto do tribunal em meu horário de almoço, quando uma mulher, de seus 40 anos, abordou-me...
- Moço, você sabe onde fica o prédio da justiça?
Como, além do palácio do tribunal, onde trabalho, há, bem ali ao lado, o prédio do fórum central e também o das varas da fazenda pública, perguntei...
- Qual deles? Há mais de um por aqui...
Disse ela então, para minha total pasmice...
- É o lugar onde pega o varal!
- Onde pega o quê???
- Varal!
- Varal???
- Sim!
Fiquei intrigadíssimo. Que diabos seria aquela história de "pegar o varal" no "prédio da justiça"?!?
- Desculpe, mas não estou entendendo... Que tipo de varal seria esse no prédio da justiça?
- É que o meu marido tá preso, moço! Mas o "adevogado" disse que o juiz ia dar o "varal" para ele sair...!
Finalmente entendi! Era alvará!
Saí caminhando e rindo tanto, mas tanto... Mas logo já não. Afinal, isso é tão triste, não é mesmo?

Gugu Keller

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Para Quem Gosta de Inglês...

Se você gosta de inglês, leia isso depressa...
Depois, melhor ainda, tente repeti-lo sem ler...

A tutor who toots the flute
tried to tutor two tooters to toot
Say the tooters to the tutor "is it tougher
to toot or to tutor two tooters to toot?"

GK

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tarda mas não falha...?

Acho tão engraçado ouvir que "a justiça tarda mas não falha"... Na minha modesta opinião, tardar é uma grande falha!!! Ou não?

Gugu Keller

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Doa a Quem Doer...?

Forte, "a verdade, doa a quem doer" é uma antiga expressão bastante usada em diversas situações. O grande Humberto Gessinger, meu ídolo, cujo trabalho, como já neste espaço mencionei, admiro demais, utilizou-a na lindíssima "Piano Bar", num verso em aliteração bastante interessante que diz "diga a verdade, doa a quem doer, doe sangue e me dê seu telefone"...! Adoro!
Contudo, chato que costumo ser, pensando, nem sei bem por que, hoje sobre esta expressão, constatei que ela tem um equívoco óbvio... Já perceberam? Ora, uma dor dói "em" alguém e não "a" alguém, não é verdade? Portanto a expressão está errada! Não pode ser "a verdade, doa "a" quem doer", mas "a verdade, doa "em" quem doer"! Acho que é isso, não? "A verdade, doa em quem doer!"
É mesmo curioso como nos acostumamos a expressões que ouvimos desde crianças e muitas vezes acabamos não nos dando conta de que várias delas estão gramaticalmente equivocadas...

Gugu Keller

domingo, 22 de agosto de 2010

Às Portas do Templo

Ateu que sou, não creio que Jesus tenha existido. Trata-se, assim penso, de uma história inventada. Há, contudo, não nego, inúmeras passagens interessantes nessa para mim fantástica ficção, como a frase abaixo a ele atribuída, a qual, por mais que direta e precisa seja, clara e curiosamente não parece em nada ter servido para abrir os olhos dos tantos bilhões que mundo afora o dizem seguir de modo fanático...
- Hipócritas, ai de vós!

Gugu Keller

sábado, 21 de agosto de 2010

Um ano!!!

Com muita alegria para mim, hoje, 21 de agosto, o blog Gugu Keller está completando o seu primeiro aniversário! Foram 345 postagens, mais de 2.500 visitas e já são 31 os seguidores! Então só me resta agradecer profundamente a todos os que aqui vêm ou vieram, quer tenham deixado comentários ou não! É para mim uma grande honra que tenham lido coisas que eu escrevi! Espero ter conseguido de alguma forma acrescentar idéias e provocar reflexão! E, uma vez mais, um obrigado muito especial à minha querida Sheila Maseh, grande amiga escritora gaúcha que foi quem me deu a idéia de criar este espaço... Obrigadíssimo, querida! Te amo demais, viu?
E, aproveitando o momento, gostaria de fazer uma sugestão a todos os blogueiros que há por aí... Em boa parte dos blogs que visito, como no meu, quando se faz um comentário a algum post, ele é automaticamente exibido. Já noutros, e é para os donos destes que vai esta sugestão, o comentário é salvo para ser exibido apenas depois de lido e aprovado, o que alguns chamam de processo de "moderação". O que sugiro é que não haja mais isso. Que todos os blogs, como o meu e vários outros, sejam sempre espaços livres para que todos digam o que quiserem, independentemente de nenhum tipo de censura ou triagem por parte de seus respectivos donos! Com o devido respeito a quem não concordar, é o quanto, em nome da para mim sagrada liberdade de expressão, a todos sugiro!
Muito obrigado!

Gugu Keller

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Implosão

Tudo de que um sentimento precisa para agigantar-se dentro de mim é que eu lute contra ele.

Gugu Keller

terça-feira, 17 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Faroeste Caboclo" e o Crime de Estupro

É perfeitamente compreensível que a grande maioria das pessoas que não têm formação jurídica possam algum dia ter cometido o erro de dizer que um homem foi vítima de estupro. Até a recente reforma no código penal isso não era possível. É que o artigo que previa esse crime dizia que o estupro se dava quando se constrangia, mediante violência ou ameaça, uma mulher à conjunção carnal, que é a introdução do pênis na vagina. Ou seja, ao contrário do que muitos leigos podiam imaginar, até a referida reforma na lei, constranger um homem ao sexo anal, não constituía estupro. A uma porque não teria como haver conjunção carnal e, a duas, porque o artigo dizia expressamente "constranger mulher". É claro que, em tal situação, teríamos um outro crime, o atentado violento ao pudor, consistente em se constranger alguém (mulher ou homem) a um ato libidinoso diverso da conjunção carnal, como, por exemplo, o sexo anal.
E eu sempre ficava pensando nisso quando ouvia "Faroeste Caboclo"... É claro que o grande Renato Russo, que não tinha nem vinte anos de idade quando compôs esta obra prima, não ia saber àquela altura sobre essas minúcias da nossa lei penal, e, no verso "violência e estupro de seu corpo", ele, clara e, portanto, equivocadamente, refere-se à violência sexual sofrida na prisão pelo personagem da música, o famoso João de Santo Cristo, ou seja, obviamente sexo anal... E, não sei se exageradamente, eu achava isso uma pena, imaginando que o Renato, como grande gênio que foi, devia ser perfeccionista com o que escrevia...
Mas o interessante é que isso mudou para fazer com que agora, quatorze anos depois de sua morte, e mais de trinta depois de ter composto a música, ele esteja certo... Sim! É que, pela recente mudança no código penal de que falei, agora qualquer ato libidinoso praticado mediante violência ou ameaça, seja a conjunção carnal, seja sexo anal, oral, ou mesmo um beijo ou bolinação, e seja contra mulher ou homem, constitui crime de estupro! Sim! Os nossos legisladores houveram por bem, e não cabe aqui discutir o porquê, ou se é melhor ou pior, jogar tudo no estupro, ou seja, agora um homem pode, sim, perfeitamente, ser estuprado, e, afinal, "Faroeste Caboclo" já não tem mais o seu pequeno erro jurídico...! Será que dá para se dizer que até nisso o nosso poeta foi um visionário?

Gugu Keller

sábado, 14 de agosto de 2010

Orgasmo

O verdadeiro gozo não é o que se busca no sexo, mas o que dele é uma espontânea conseqüência.

Gugu Keller

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Em Branco

Nestas épocas que antecedem as eleições, sobretudo a presidencial, é comum as pessoas ficarem perguntando em quem vamos votar... Eu, para às vezes algum espanto de muitos que me conhecem, como sempre, votarei em branco! Sim, isso mesmo! Em branco para tudo! E explico o porquê... É que considero simplesmente insuportável que o voto seja obrigatório num país que se pretende uma democracia! Ou alguém já ouviu falar de alguma democracia séria em que as pessoas são forçadas a votar? Absurdo! É uma convicção de que dificilmente me demoverei! Enquanto for obrigatório, só voto em branco! Direito a que se é obrigado, na minha modesta opinião, não é direito! Não! Obrigado, não!

Gugu Keller

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Ninguém é uma Ilha"

Diz certa frase, até já meio batida, que ninguém é uma ilha. No que me toca, parece-me correto. É que amiúde dentro de mim mesmo observo tantas e tão obscuras profundezas, que sinto-me, isso sim, o mar inteiro.

Gugu Keller

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mistérios...

O Brasil tem tantos mistérios, não é mesmo? Sobretudo no campo jurídico... Por que será, por exemplo, que, quando todos sabemos que os juros que os bancos praticam em nosso país são ilegais, nenhuma autoridade toma alguma medida para o impedir? Misterioso, não?

Gugu Keller

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Espelho Intravisor

Não, eu jamais faria mal a mim mesmo! Há, contudo, dentro de mim um outro eu, que, sim, este sim, definitivamente, o tempo todo é só o que faz...!

Gugu Keller

domingo, 8 de agosto de 2010

Correndo em Círculos

Bem observando-nos, impressiona-me o quanto quase sempre temos tanta pressa para, em regra, quase nunca chegarmos a nada...!

Gugu Keller

Fé Invejável

Sexta-feira eu estava na escada rolante do metrô a caminho do trabalho e, ao meu lado, um sujeito falava com energia no celular. A certa altura, deixando-me pasmo, disse o seguinte para quem do outro lado...
- Vamos fazer assim... Hoje à noite eu vou orar a deus, e amanhã de manhã eu te ligo pra te dizer o que deus me passar, ok?
Que fé, hein? Que convicção! Parece até uma linha direta, talvez via fax, ou algo assim... Fiquei tão impressionado que quase pedi para que ele aproveitasse a oportunidade e mandasse ao senhor um abraço em meu nome...! Mas acabou que não tive coragem...

Gugu Keller

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Endereços Estranhos

Outro dia, lá no tribunal, uma estagiária pediu carga de um processo. Quando, ao preencher o livro com seus dados, perguntei-lhe o seu endereço, ela respondeu...
- Rua São Bento, 180, lado par!
Achei tão interessante esse "lado par"...! E importante, né? Afinal, se não constar, alguém pode confundir com o 180 do lado ímpar...! Mas hoje, para minha surpresa, aconteceu, na mesmíssima situação, algo ainda mais curioso... Era uma outra estagiária, que assim me forneceu seu endereço...
- Rua praça da Sé, 270!
Eu conheço bem a praça da Sé! Mas dessa rua, confesso, jamais ouvi falar...! Será que também é ali por perto?

Gugu Keller

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Besteirinhas Jurídicas

Como se chama, acredito que todos o saibam, o remédio jurídico cabível quando alguém é mantido preso ilegalmente?
R... Habeas corpus!
Agora... Como se chama o que cabe quando a um preso é negado o direito à vista íntima?
R... Habeas pênis!
E se o preso for homossexual?
R... Habeas ânus!

Gugu Keller

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Por Favor, Doutor Luiz Augusto!

Há não muito tempo, não sei se os amigos se recordam, houve um caso bastante interessante, parece-me que no Rio de Janeiro, de um juiz de direito que processou o porteiro de seu prédio porque este não lhe chamava de doutor ou de senhor, mas apenas diretamente pelo primeiro nome. O juiz a quem coube julgar a causa em primeira instância, ao menos na minha modesta opinião, foi perfeito ao decidir que a ação era improcedente na medida em que nenhuma lei obriga ninguém, em nenhuma circunstância, a usar tais termos para se dirigir a quem quer que seja, e, como todos os que temos um mínimo de conhecimento jurídico estamos cansados de saber, já que está escancarado em nossa constituição, neste país ninguém é obrigado a nada senão em virtude de lei. Mais tarde, segundo li, em grau de recurso, o tribunal, sabe-se lá baseado em que, já que na lei decerto não foi, estranhamente acabou por dar ganho de causa ao magistrado...
Relembrando esse caso e refletindo a respeito, tive vontade de escrever o presente post para compartilhar com os amigos uma opinião que sempre tive... Sou totalmente contra o uso dessas formas de tratamento! Por que, afinal, essa quase que obrigatoriedade - no caso acima, como vimos, obrigatoriedade mesmo - de se usar esses termos como senhor, doutor, excelência etc para se dirigir a quem quer que seja? Será que ninguém percebe que isso é um claro resquício de tempos medievais, ou mesmo da antigüidade, quando as pessoas eram separadas em castas ou classes, quando havia escravos, senhores, pessoas que eram donas umas das outras, nobres, servos, vassalos e tudo mais? Não vêem que isso é fruto de uma mentalidade claramente elitista e excludente? Não vêem que é praticamente uma forma dissimulada de aparthaid? Por que aquele que teve a oportunidade de cursar uma determinada faculdade deve ser chamado de doutor? Será que ele é mais do que alguém? "Ah, mas é uma questão de respeito", dirão alguns...! Mas será que quem teve oportunidade de estudo merece mais respeito do que quem não? Quem exerce determinado cargo, o mesmo tanto? Ora, acredito, e que me corrija quem discordar, que todos somos dignos do mesmo grau de respeito, seja qual for o nosso grau de instrução, seja qual for o cargo que ocupamos, seja qual for o nosso nível social, cultural ou econômico! Será que estou errado? Se não estou, por que então esse tratamento diferenciado, essa quase que literal subserviência através das palavras?
E a coisa de se usar o senhor ou senhora por causa da idade? Será que faz sentido? É cristalinamente óbvio que às pessoas mais velhas deve-se respeito! Mas não mais do que às mais jovens, ora bolas!!! Ou será que estou falando besteira? O mesmo respeito que se deve a um idoso é devido a um adulto jovem, a um adolescente ou a uma criança, como não? Todos, insisto, piamente acredito, somos dignos do mesmo respeito! Por que então essa diferenciação?
E já reparam os amigos a que nível chega essa mentalidade? Se o sujeito é doutor - e, aliás, normalmente, diga-se de passagem, no Brasil se está de terno já o é -, ou se é, ao menos, um senhor, o tratamento é um... Se não, se é um reles "joão ninguém", a coisa muda totalmente de figura... Já não é mais devido o mesmo respeito, já não é dispensada a mesma consideração... E isso, meus amigos, facilmente se observa, acontece praticamente em todos os ambientes!
Bom... Quanto aos cargos em que se costuma usar o "excelência", aí a coisa já beira a piada, o ridículo, a pantomima... Parece que somos simples mortais que nos dirigimos a divindades, de novo, e aqui ainda muito mais, como se essas pessoas fossem mais dignas de respeito do que os outros...!
É... Há coisas em que não se pára muito para pensar... Tanto se fala em construir-se uma sociedade mais justa, mais humana, mais fraterna, não é mesmo? Pois eu digo que, enquanto houver nas cabeças esse tipo de mentalidade elitista, diferenciadora, excludente, discriminatória até, jamais sequer chegaremos perto desse tipo de ideal...!
E, voltando ao caso do juiz e do porteiro... Como pode alguém sentir-se ofendido por ser chamado por seu nome? Não é para isso, afinal, que servem os nomes? Ou será que ele acha o seu nome tão feio assim?
Eu sou bacharel em direito e, antes de me tornar funcionário público, já fui advogado. Que tal se, quando alguém me chamar de Gugu, eu disser... "Por favor! Gugu não! Doutor Luiz Augusto! Ou eu te processo!" Brincadeira, né?

Gugu Keller

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PG

É mais ou menos assim... Uma dia você se rasga ao meio e passa a ser duas metades, até que, num outro dia, um novo rasgo total, e aí já são quatro partes, e depois outro, e você já está em oito pedaços, e assim vai, outro, dezesseis, e outro, trinta e dois, sessenta e quatro, e você vai se rasgando, se partindo, se desmanchando nessa PG auto-aniliquiladora, e logo os pedaços de você já serão tantos que fica impossível até mesmo ordená-los qual fossem peças de um quebra-cabeça, e mais, e mais, e você se rasga mais, se rasga mais, até que, afinal, irreconhecível até para si mesmo, você já é apenas pó...!

Gugu Keller

domingo, 1 de agosto de 2010

Relógio

"Tique-taque". Ou "tic-tac". Ou, em inglês, "tick-tock". Popularmente este é o som que faz um relógio. Inequivocamente, contudo, se pararmos para pensar, é também, e talvez muito mais, o som dos passos da morte, que, para todos nós sem exceção, a cada instante que se vai, mais e mais se aproxima, numa clara e inexorável rota de colisão. Sim, eu posso ouvi-la bem agora, cada vez mais próxima! Tique, taque, tique, taque, tique, taque... Você, que me lê agora, ouve aí também?

Gugu Keller