quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pérolas Advocatícias

Em meu dia a dia de trabalho me deparo com cada coisa que advogados escrevem em suas petições... Vejam só esta...
Para quem não sabe, uma petição inicial, a que dá início a um processo, começa com a identificação de quem a propõe e a de contra quem se propõe, após o que se passa a narrar os fatos que levaram à sua propositura, sendo que, por óbvio, quando da narrativa de tais fatos, em regra já de início, menciona-se o momento em que se deram, ou seja, a data do(s) acontecimento(s) que motivou(aram) a situação que se pretende ver solucionada. Pois bem... Olhem só como um advogado referiu-se à data dos fatos que iria narrar numa petição, e eu juro que vi com meus próprios olhos, que a terra há de comer...
Disse assim... "Aos vinte e cinco dias do mês de abril do ano de dois mil e sete do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo..." Sim! Isso mesmo! Juro que peguei isso na minha mão! É mole? O que pretenderá um causídico com algo desse naipe? Será que crê poder impressionar o juiz com tamanho de religiosidade e fé? Enfim, pérolas advocatícias...

Gugu Keller, aos vinte e seis dias do mês de maio do ano de dois mil e dez do nascimento do supra referido, e, se, como consta, tal deu-se mesmo no ano 30, do de hum mil, novecentos e oitenta de sua crucificação e ressurreição!

Um comentário:

  1. Eu ri! Lembrei-me de um tempo já passado, mas inesquecível. É isso mesmo! E ocorre o tempo todo e mata a todos de rir. Pode acreditar, ninguém do judiciário consegue segurar o riso. É impossível! Parece piada, mas infelizmente não é. Se juntar tudo, dá um baita dum livro!

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