domingo, 24 de janeiro de 2010

Futuro do Pretérito

Outro dia estávamos alguns colegas do trabalho e eu, homens e mulheres, bebendo num bar depois do expediente, quando, a certa altura, nem sei como saiu o assunto, alguém resolveu perguntar a todos quem dali iria a um clube de swing... As mulheres todas disseram que não. Entre os homens a resposta variou. De todo modo, a situação deu-me a oportunidade para comentar com eles, e agora também aqui com os amigos eu o comento, sobre algo que sempre pensei a respeito desse tipo de pergunta... É que não vejo sentido que uma pergunta assim seja feita nesse tempo verbal, o futuro do pretérito, o, como diziam os mais antigos, condicional...! Porque, se pararmos para pensar, a resposta aí será sempre "depende"! Querem ver? Se me perguntarem se eu mataria alguém... Depende! É claro que eu nunca pensei em matar uma pessoa, mas numa situação em que fosse matar ou morrer, eu provavelmente mataria, como qualquer um mataria, não é verdade? Ou se me perguntassem se eu roubaria... Depende! Se eu estiver morrendo de fome e não tiver outra alternativa, creio que sim, como não? Entendem o que quero dizer? Vai ser sempre "depende"! Vamos à pergunta daquela noite... Eu iria a um clube de swing? Ora, depende! Se eu o desejasse e se tivesse uma parceira que igualmente o desejasse, ou seja, se fosse um desejo mútuo a ser levado a cabo de comum acordo, sim, eu iria, por que não? Sempre será "depende"! E é curioso que esse tipo de pergunta é muito comum em entrevistas jornalísticas... Você iria? Como você reagiria? Você tomaria tal atitude? Você diria? Você faria? Depende! Depende, depende, depende! Por isso, quanto a mim, deixo-o claro... Prefiro que me perguntem se faço ou se fiz! Se me perguntarem, seja sobre o que for, se eu "faria", no futuro do pretérito, a resposta será sempre "depende"! O que acham os amigos?

Gugu Keller

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